Hoje estive no Parque Urbano da Albarquel, onde me
desloco frequentemente. É um lugar aprazível com magnífico panorama, constituído
por parte de uma das mais belas baías do Mundo.
Como pode ver-se, a vegetação bota das paredes como se estas fossem pedaços de terreno. |
Olhei para cima e lembrei-me duma publicação que uma
amiga fez, há dias no Facebook, sobre o fecho da Pousada de São Filipe, que,
durante décadas, funcionou numa área integrada na Fortaleza, por falta de
segurança, dado o estado de degradação a que todo o conjunto chegou.
Outro ângulo, a mesma situação. |
Como levava a máquina fotográfica, registei, o que “a
olho nu” não é perceptível, mas que confirma o que escrevi em 28 de Maio de
2012 neste blogue, depois de uma visita ao local, ilustrado com fotografias, então
obtidas.
Não há dinheiro? Quem disse? |
De corridos quase três anos sobre aquela data, não
foi feita qualquer beneficiação na Fortaleza, aumentou o risco de ruína total e
perdeu-se mais uma unidade hoteleira, a somar a outra que fechou no passado mês
de Abril, o Hotel Isidro.
Até pinheiros crescem nos muros! |
O que mais dói é ver degradar e desaparecer o nosso Património
Histórico, com duas situações paralelas: “passa culpas” de entidade para entidade,
quando toca a prejuízos, pois há frequentemente conflitos legislativos que
(propositadamente (?)) deixam pouco claras as entidades responsáveis em cada
caso; e “falta de dinheiro” para a intervenções necessárias.
Há muito dinheiro, cofres cheios, desviado para fins ilegítimos, se bem que legais. |
Esta última é de bradar
aos céus! Tem havido dinheiro para cobrir todas as fraudes cometidas em
diversos bancos, centenas de milhões de euros, deixando os “clientes e arder”,
mas garantindo aos banqueiros a salvação das suas empresas, sem o Estado, ter
poderes para os espoliar de todo o Património presumivelmente por eles
adquirido, ainda que postos em titularidade de terceiros, e metendo-os nas
prisão, até terem feito regressar ao País, até ao último cêntimo o dinheiro que
tenham colocado offshore, sem
prejuízo das penas pelos crimes cometidos, que só começariam a contagem do
tempo respectivo após o regresso de dinheiros acima referido. Os citados bens
responderiam, em primeiro lugar, pelos depósitos, e, depois, pelos restantes
prejuízos. E não me venham falar de direitos humanos de quem não respeita os
direitos da cada cidadão, ao trabalho com salário justo, ao património acumulado ao longo de
anos de trabalho honesto e às reformas amealhadas durante toda um vida, e saqueadas
pelo Estado, para cobrir os roubos de certos Senhores de Banca”, e não só...
Setúbal, 2 de Maio de 2015
Paulo Eusébio
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