quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

MENSAGEM DE RETRIBUIÇÃO




   Pelo facebook, através de Rogélia Jesus, chegou-me o conjunto (texto e a fotografia), que reproduzo na íntegra:



MENSAGEM DE RETRIBUIÇÃO AO PEDRO E À LAURA


por Nuno Barradas a Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2012 às 16:08 ·

«Caro Pedro,
Antes de mais os meus sinceros agradecimentos pela amabilidade que tiveste em prescindir dos poucos momentos em que não tens que carregar o país às costas, para pensar um pouco em nós e nos nossos natais.
Retrataste com a clarividência de poucos a forma penosa como atravessamos esta quadra que deveria ser de alegria, amor e união. És de facto um ser iluminado e somos sem dúvida privilegiados em ter ao leme da nossa nau um ser humano de tão refinada cepa.
Gostava também de ser interlocutor de alguém que queria aproveitar o espírito de boa vontade que a quadra proporciona para te pedir sinceras desculpas…a minha mãe.
A minha mãe é uma senhora de 70 anos, que usufruindo de uma escandalosa pensão de mil e poucos euros, se sente responsável pelo miserável natal de todos os seus concidadãos. Ela não consegue compreender onde falhou, mas está convicta de que o fez…doutra forma não terias afirmado o que afirmaste. Tentarei resumir o seu percurso de vida para que nos ajudes a identificar a mácula.
A minha mãe nasceu em Alcácer do Sal começou a trabalhar com 12 ou 13 anos…já não se recorda muito bem. Apanhava ganchos de cabelo num salão de cabeleireiro, e simultaneamente aprendia umas coisas deste ofício. Casou jovem e mudou-se para a cidade em busca de melhor vida. Sem opções de emprego a minha mãe nunca se acomodou e fazia alguns trabalhos de cabeleireira ao domicilio…nunca se queixou…foi mãe jovem e sempre achou que por esse facto era a mulher mais afortunada do mundo. Arranjou depois emprego num refeitório de uma grande fábrica. Nunca teve qualquer tipo de formação mas a cozinha era a sua grande paixão.
Depois de alguns anos no refeitório aventurou-se no seu grande sonho…ter um negócio próprio de restauração. Quis o destino que o sonho se concretizasse no ano de 1974…lembras-te 1974? O ano em que te tornaste livre? Tinhas o quê? 10 anos?
Pois é…o sonho da minha mãe tem a idade da democracia.
O sonho nasceu pequeno, com pouco mais de 3 ou 4 colaboradoras. Com muita dificuldade, muito trabalho e muitas noites sem dormir foi crescendo e chegou a dar trabalho a mais de 20 pessoas. A minha mãe tem a 4ª classe.
Tu já criaste empregos Pedro?  Quer dizer…criar mesmo…investir e arriscar o que é  teu…telefonemas para o Relvas a pedir qualquer coisa para uma amiga da Laura não conta como criar emprego. A minha mãe criou…por isso ela não compreende muito bem onde errou. Tudo junto tem mais de 40 anos de descontos para a segurança social. Sempre descontou aquilo que a lei lhe exigia. A lei que tu e outros como tu…gente de tão abnegada dedicação, se entretém a escrever, reescrever, anular, modificar…enfim…trabalhos de outra grandeza que ela não compreende mas valoriza.
Pois como te digo, a minha mãe viu passar o verão quente, os tempos do desenvolvimento sem paralelo, o fechar de todas as fábricas da região, os tempos do oásis, as várias intervenções do FMI, as Expos, os Euros, do futebol e da finança…e passou por isto tudo sempre a trabalhar como se não houvesse amanhã. A pagar impostos todos os meses e todos os anos. IVA, IRC, IRS, IMI, pagamentos por conta, pagamentos especiais por conta, por ter um toldo, por ter a viatura decorada, por ter cão, de selo, de circulação, de radiodifusão…não falhando um único desconto para a sua reforma, não falhando um único imposto. E viu chegar as condicionantes da idade avançada sem lançar um queixume. E foi resolvendo todos os seus problemas de saúde que inexoravelmente foram surgindo, recorrendo a um seguro privado, tentando deixar para aqueles que realmente necessitam, o apoio da segurança social. Em mais de 40 anos de contribuição não teve um dia de baixa, não usufruiu de um cêntimo em subsídios de desemprego. E ela dá voltas e voltas à cabeça e não há forma de se recordar onde possa ter falhado. Mas certamente falhou…
Por isso Pedro, quando eu lhe li a tua carinhosa mensagem, que certamente escreveste na companhia da Laura e com um cobertor a cobrir as vossas pernas para poupar no aquecimento, ela comoveu-se, e cheia de remorsos pediu-me que por esta via te endereçasse um sentido pedido de desculpas.
Pediu também para te dizer que se sente muito orgulhosa de com a redução da sua pensão poder contribuir para que a tua missão na terra seja coroada de sucesso.
És de facto único Pedro. A forma carinhosa como te referes aos sacrifícios que os outros estão fazer, faz-me acreditar que quase os sentes como teus. Sei que sofres por nós Pedro. Sei que  cada emprego que se perde é uma chaga que se abre no teu corpo…é um sofrimento atroz que te é imposto…e tudo por culpa de quem? De gente como a minha pobre mãe que mesmo sem querer tem levado toda uma vida a delapidar o património que é de todos. Por isso se a conseguires ajudar a perceber onde errou ficar-te-ei eternamente agradecido. A minha mãe ainda é daquele tipo de pessoas que não suporta a ideia de estar a dever algo a alguém...ajuda-nos pois Pedro.
Aceita por favor, mais uma vez, em nome da minha mãe, sentidas desculpas. Ela diz que apesar de reformada e com menos saúde vai continuar a trabalhar para poder expiar o tanto mal que causou.
Continua Pedro..estás certamente no bom caminho, embora alguns milhões de ingratos não o consigam perceber.
Não te detenhas…os génios raramente são reconhecidos em vida.
Um grande abraço para ti.
Um grande beijo para a Laura.»



    Deixo aqui para que todos os que visitarem este blogue o possam consultar e reler sempre que queiram.
    O Autor é Nuno Barradas, não se trata de texto meu. Subscrevo.


Setúbal, 27-12-12
Paulo Eusébio

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

FESTAS DE NATAL DOS MAIS PEQUENOS

    O Natal, festa tradicional da Família, é, como nenhuma outra, vivida e participada pelas crianças, com  as  mais diversas iniciativas.
     Não faltam, nesta altura, entre outras, as festas natalícias, em infantários, escolas e ATL.
  Geralmente, estas festas têm a participação activa das crianças, desde a mais tenra idade, representando, pequenos actos teatrais, ou dizendo poesia, nas suas vozinhas frescas, hesitantes, por vezes com "brancas", evidenciando o nervosismo de quem, tão pequenino, pisa um palco, numa tentativa de mostrar o melhor que sabe e pode fazer.
   Actividade lúdica, brincadeira pura, dirão alguns que em pequenos não viveram esta situação, ou pior, que já não se lembram que foram crianças, incapazes de perceber o que passa por aquelas cabecinhas em momentos destes, em que sentem a necessidade de um justo elogio e aplauso para o trabalho que tiveram para chegar àquele momento e sair-se bem. O que as crianças querem, naquele instante, é a atenção da "plateia para o seu desempenho.
     E as famílias, das crianças? Qual o seu papel nestas festas? 
    Muitas famílias colaboram na preparação das festas, na medida em que o possam fazer, incentivam os seus pequeninos, dão-lhes confiança, para as suas actuações. A maioria, felizmente, comparece na festa, segue o desenrolar da apresentação, duma forma interessada e, acabado o espectáculo, comenta com a criança, o que por lá se passou. Do ponto de vista educacional, estas famílias estão a contribuir para a boa formação moral e intelectual das crianças.
Mas...

 Algumas pessoas, no entanto vão para estas apresentações para verem a única criança que actua na festa - a sua!
    Quando não está presente no palco a "sua" criança, esta gente, sem o mínimo de respeito nem pelas outras crianças, nem pelas outras famílias que estão na assistência - leia-se: sem a mais pequena ponta de civismo - desatam num falatório, como se estivessem no Mercado do Livramento, ao sábado, impeditivo do seguimento auditivo do que se passa na cena, dispersando toda a atenção das outras pessoas.
Não é situação nova. Há quem vá para os espectáculos em geral, ignorando todo o ambiente que deviam contribuir (todos!) para ser mantido, que permitisse, sem interferências nem ruídos estranhos que cada um seguisse tranquilamente, o que se passa no palco ou na tela. Em vez disso, tasquinham pipocas (negócio adicional das distribuidores de filmes...), comentam e conversam sobre os mais variados assuntos.
   Quando eu era miúdo, contava-se que, certa noite no São Carlos, Quando a música entrou em "pianíssimo", ecoou a voz de uma dama lamentando-se: «Lá me esqueci de mandar os sapatos para o sapateiro!» ...
     Afinal, as crianças de hoje são as herdeiras da geração das crianças da geração da senhora da ópera!
     Algumas não herdam educação! É natural: só se herda, havendo herança!

Setúbal, 20 de Dezembro de 2012
Paulo Eusébio

     

sábado, 24 de novembro de 2012

RÓMULO DE CARVALHO/ANTÓNIO GEDEÃO

    Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, completaria hoje 106 anos se ainda fosse vivo.
    No blog «António é o meu nome», em  http://www.romulodecarvalho.net/ encontra-se a biografia deste Homem das Ciências e das Artes, com a obra poética publicada na sua quase totalidade sob o nome de António Gedeão.

   Recordemos o "Poema para Galileu" lido pelo próprio Poeta:




E também no poema Pastoral, na voz de Maria Figueiredo, com música de fundo, por Reymundo.


   Esta é a minha modesta homenagem a um Homem de muitas actividades, que foi grande em todas que abraçou, cujo legado poético seria por si suficiente para o imortalizar.

Setúbal, 24 de Novembro de 2012
Paulo Eusébio

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

QUANDO A RTP ERA UMA MENINA

   No Dia Mundial da Televisão recordamos o programa que a mudou radicalmente: chamava-se Zip-Zip e era da responsabilidade de Carlos Cruz, Fialho Gouveia e Raul Solnado, na produção e textos, e de Thilo Krassman no sector musical.




Paulo Eusébio
21-11-2012

CUIDADO COM OS CARTÕES



    A mensagem a seguir chegou-me, no facebook partilhada pelo meu amigo (real) Esequiel Dias, e é da autoria de Carlos Carreira. Dispensa considerações adicionais. 


NOVO GOLPE NO CARTÃO DE DÉBITO

Abasteci o carro e na hora de pagar, o empregado fez a 'gentileza' de me alcançar a maquina, só que nesse momento os dedos dele taparam o visor.

Digitei a senha e ele colocou de volta na bancada, ai veio a m

inha sorte:
Por engano, digitei um número a menos e o empregado sem querer falou: 'falta um número'.

Como eu estava ao lado, olhei rapidamente para o visor e minha senha estava ali digitada, ao invés dos tradicionais asteriscos:** !!!
Como já conheço o gerente do posto chamei-o na hora e perdi mais umas duas horas na policia.

Lá veio o esclarecimento do novo golpe:

O empregado faz uma 'gentileza' e segura a máquina pra digitarmos a senha, neste momento, tapando o visor com a ponta dos dedos, na verdade ele não colocou o valor da compra, e os dígitos da senha aparecem no visor ficando expostos como se fossem o valor da compra.
Ele anota a senha e diz que não funcionou por qualquer motivo. Faz novamente o procedimento só que correto e a gente paga a despesa.

PRONTO: O empregado tem a senha anotada e o número do cartão que fica registado na bobina.
Segundo a policia, em dois dias um cartão clonado com qualquer nome está na mão da quadrilha e os débitos caem direto na sua conta!!!
O empregado confessou que 'nem conhece quem são as pessoas por trás disso' um motoqueiro passou no posto, ofereceu 600€ por semana e passava lá pra pegar a lista de cartões e senhas e para deixar o dinheiro para o empregado.

Segundo a policia está a acontecer muito em bares,discotecas, lojas de conveniência, posto de gasolina, etc.


Se puderem, repassem! Muita gente ainda vai cair nessa, infelizmente.
Foto: NOVO GOLPE NO CARTÃO DE DÉBITO

Abasteci o carro e na hora de pagar, o empregado fez a 'gentileza' de me alcançar a maquina, só que nesse momento os dedos dele taparam o visor.

Digitei a senha e ele colocou de volta na bancada, ai veio a minha sorte:
Por engano, digitei um número a menos e o empregado sem querer falou: 'falta um número'.

Como eu estava ao lado, olhei rapidamente para o visor e minha senha estava ali digitada, ao invés dos tradicionais asteriscos:** !!!
Como já conheço o gerente do posto chamei-o na hora e perdi mais umas duas horas na policia.

Lá veio o esclarecimento do novo golpe:

O empregado faz uma 'gentileza' e segura a máquina pra digitarmos a senha, neste momento, tapando o visor com a ponta dos dedos, na verdade ele não colocou o valor da compra, e os dígitos da senha aparecem no visor ficando expostos como se fossem o valor da compra.
Ele anota a senha e diz que não funcionou por qualquer motivo. Faz novamente o procedimento só que correto e a gente paga a despesa.

PRONTO: O empregado tem a senha anotada e o número do cartão que fica registado na bobina.
Segundo a policia, em dois dias um cartão clonado com qualquer nome está na mão da quadrilha e os débitos caem direto na sua conta!!!
O empregado confessou que 'nem conhece quem são as pessoas por trás disso' um motoqueiro passou no posto, ofereceu 600€ por semana e passava lá pra pegar a lista de cartões e senhas e para deixar o dinheiro para o empregado.

Segundo a policia está a acontecer muito em bares,discotecas, lojas de conveniência, posto de gasolina, etc.


Se puderem, repassem! Muita gente ainda vai cair nessa, infelizmente.


















































































Paulo Eusébio

Setúbal, 21-11-2011

terça-feira, 13 de novembro de 2012

UM SERVIÇO HOSPITALAR QUE NÃO ESQUECE OS SEUS DOENTES


Hoje, pelas 14 horas, estive numa reunião, para a qual fui convidado, por telefone, pela Dr.ª Susana Sousa, do Serviço de Pneumologia do Hospital de São Bernardo.

Urgências do Hospital de São Bernando
Numa sala do 5.º piso do Hospital comparecemos várias pessoas que temos em comum a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), cujo Dia Mundial ocorre em 18 do corrente mês. 

Com a presença de vários membros da equipa de Pneumologia, duas das enfermeiras do Serviço lembraram que é possível a quem sofre daquela patologia fazer uma vida normal, ou melhorar muito a respectiva qualidade se tivermos presentes e pusermos em pática determinados cuidados e nos habituamos a práticas que no dia-a-dia se revelam de extrema utilidade para os doentes.

Para além de tomarem a medicação diária regularmente, com foi prescrita, os doentes de DPOC devem trazer sempre consigo os medicamentos de que necessitam em SOS. Devem cuidar também de não se cansarem nas suas actividades diárias, para o que devem habituar-se a programar tudo o que têm de fazer, seguindo, quanto possível os conselhos que as duas profissionais de saúde deram, divididos pelos tópicos: Autocuidado (Higiene, Lavar os Dentes/Barbear, Vestuário), Alimentação, Cuidados Domésticos (Transportar objectos, Tratar da roupa, Limpar, Fazer a cama), Quando sair à rua (Andar, Subir escadas, Fazer compras), Sono, Sexualidade, Reabilitação Respiratória (Consciencialização com Dissolução dos Tempos Respiratórios, Respiração Abdomino-diafragmática, Abertura Costal com Bastão, Tosse, Posições de descanso em caso de dificuldade respiratória). Cada tópico foi desenvolvido de forma muito clara e compreensível para qualquer pessoa, acabando por declarar que, em caso de dúvidas perante qualquer situação relacionada com a doença ou sempre que necessitemos, contactemos qualquer membro da equipa que nos aconselhará, dirá o que temos de fazer ou prestará o auxílio de que necessitemos.

O objectivo que me levou a abordar este assunto foi alertar as pessoas, mesmo as saudáveis, para uma doença crónica (não tem cura e é progressiva), que pode ser adquirida por factores congénitos (pré-disposição hereditária e externos (tabaco, poluição atmosférica, etc.).

Hábitos saudáveis e alimentação adequada podem ajudar prevenir ou a melhor controlar a DPOC.

Não posso terminar sem umas palavras de apreço pela iniciativa.
É sabido que a política infelizmente seguida pelo actual governo é de cortes cegos na Saúde, com encerramento de hospitais e centros de saúde, diminuição dos quadros de pessoal e, num horror a tudo o que é serviço público, reduzir ou eliminar tudo que possa contribuir para a sua prestação.



Neste quadro, o Hospital de São Bernardo, pela equipa de Pneumologia, neste caso concreto, vem ao arrepio de tais políticas, prestar um serviço público de prevenção e ajuda, demostrando que os seus doentes são pessoas, e não meros números, que para além dos episódios de internamento e consultas externas, são sempre objecto das suas preocupações e não estão esquecidos.

Bem-hajam!

Setúbal, 13 de Novembro de 2012

Paulo Eusébio

CIDADÃO DESCOBRE, EM MENOS DE 10 MINUTOS PARADEIRO DE TESTEMUNHA QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO CONSEGUIU LOCALIZAR EM MAIS DE TRÊS ANOS

Tribunal Judicial da Comarca de Almada

Após mais de três anos decorridos sobre a denúncia, no Tribunal de Almada, de eventuais negligências em cadeia que podem ter sido a causa próxima da morte de uma pessoa, o Ministério Publico, segundo o despacho de arquivamento, não conseguiu ouvir a única testemunha arrolada, por desconhecer o seu paradeiro. O ofendido conseguiu localizá-la, em menos de 10 minutos, numa pesquisa no Google.

O caso que vos trago hoje, é, infelizmente, real. Não ocorreu em qualquer país da África profunda, ou da América andina, mas em Portugal. Não no século XIII ou XIV, mas no século XXI, em 2009. Também não se passou em qualquer aldeia esquecida da planície alentejana nem perdida na serrania transmontana, mas em Almada, uma das maiores cidades do País, à beira de Lisboa, com o Tejo a uni-las (ou separá-las …).
Por razões óbvias de privacidade uso nomes fictícios. Tudo o resto é real.
Em 16 de Julho de 2009, Adélia, de 68 anos, vinha apresentando sintomas de obstipação que já tinham sido causa de visita médica domiciliária, efectuada por pedido dirigido aos Anjos da Noite, na qual foi diagnosticada a patologia e passado receituário que o clínico considerou adequado à situação. Tendo passado o dia acamada, Adélia deslocou-se para a saleta, onde costumava ver televisão e sentou-se acompanhada de Bruno, o marido que completaria 71 anos no dia seguinte.
Cerca das dez da noite, Adélia mostrou desejo de voltar a deitar-se, pedindo a ajuda do marido para se levantar do sofá em que se tinha instalado.
Ao tentar levantar-se, não conseguiu, mesmo com a ajuda do marido. Tinha perdido a força.
Não havia pessoal nem material disponível, segundo os responsáveis do CODU
Alarmado, Bruno ligou para o filho do casal, Carlos, que estava a acabar de jantar, descrevendo o estado em que a mãe deste se encontrava, e, de seguida ligou para o 112, descrevendo pormenorizadamente a situação e pedindo uma ambulância para transportar a doente para o Hospital Garcia de Orta, tendo obtido como resposta que não tinham ambulâncias disponíveis sugerindo que Bruno transportasse a doente, pelo meio que entendesse, inclusivamente de táxi. Bruno insistiu, argumentando que se não conseguia levantar Adélia do sítio onde se encontrava, muito menos conseguiria descer com ela um lance de escada até ao elevador, para já não falar nos cinco degraus, depois da saída do elevador, até atingir o nível da porta da rua.
O interlocutor, permaneceu irredutível na sua posição de afirmar a impossibilidade de resolver o problema, tendo Bruno, após esta chamada, ligado para os Anjos de Noite, pedindo uma domiciliária, com a máxima urgência, o que foi satisfeito, em poucos minutos. Entretanto Carlos já se encontrava em casa dos pais.

Quando a Dr.ª Marina, enviada pelos Anjos da Noite viu a paciente exclamou: «Esta senhora já devia estar no Hospital. Não gosto nada do que estou a ver!».
Bruno contou resumidamente a conversa que tinha tido via 112, e a recusa, da prestação do serviço. Em seguida ligou de novo para o 112 e entregou o telefone à Dr.ª Marina, que durante vários minutos, insistiu, tendo a chamada sido transferida para vários departamentos, inclusivamente, chegando a perguntar ao colega com quem falava a certa altura, se ele se responsabilizava pelas consequências da recusa do envio ao domicílio de uma equipa médica do INEM, e a ambulância para o transporte da doente. Não conseguiu mais que a deslocação de uma ambulância dos Bombeiros de Almada tripulada pelo condutor e um paramédico.
A doente encontrava-se numa situação em que nem a tensão arterial, demasiado baixa, conseguiram medir, senão após várias tentativas. Por fim, lá foi transportada pela ambulância para o Garcia de Orta, acompanhada por Bruno, seguida pela Dr.ª Marina, no carro dos Anjos da Noite, até à porta do Hospital, cerca da uma hora do dia 17 de Julho. Carlos deslocou-se também no seu carro, para o Hospital.
Chegada ao Hospital, e presente na triagem, colocaram-lhe uma pulseira verde, transferiram-na para uma maca do Hospital e levaram-na para a zona de urgências.
Depois das três da madrugada, Bruno, não tendo notícias da doente, conseguiu que uma enfermeira lhe dissesse que iriam fazer exames, que Adélia não teria alta tão cedo e que fosse para casa descansar, voltando de manhã, para saber notícias. Foi-lhe permitido permanecer alguns minutos junto da doente, antes de ir para casa.
Na manhã seguinte, Bruno e Carlos chegaram ao Hospital, tendo Carlos seguido para o emprego, acompanhado do mulher, tendo combinado com o pai que este iria telefonando à medida que colhesse informações sobre o estado da doente.
Cerca das 10 horas Bruno foi chamado, na sequência de um pedido de informação que tinha entregado, sendo-lhe dito que ainda não havia um diagnóstico conclusivo, que aguardavam resultados de exames e que possivelmente, Adélia ficaria internada. Foi conduzido junto da doente, que apresentava um aspecto bastante debilitado, a qual lembrando-se do dia de aniversário do marido, ainda lhe deu um beijinho de parabéns, ao que este respondeu, que o que queria era que ela se pusesse boa tão breve quanto possível. Depois de vários minutos, Bruno saiu de local, com a promessa de que ao meio dia estaria ali de novo, indo telefonar ao filho para lhe contar a visita que acabara de fazer.

No Hospital Garcia de Orta: pulseira verde e horas e horas de esper
Ao meio dia, como prometera, Bruno estava de novo com Adélia, que rejeitava a sugestão de refeição, visivelmente mais enfraquecida, acabando após muitas insistências de uma Senhora, Voluntária, de aceitar um iogurte, que a mesma senhora lhe deu à boca.
Mal ingeriu o iogurte a muito custo, Adélia teve uma crise de vómitos. A Senhora que a tinha ajudado foi buscar uns toalhetes, com os quais a limpou e quando se dirigia para o recipiente do lixo para depositar os toalhetes sujos o rosto de Adélia assumiu uma expressão que parecia de espanto, com os olhos mais abertos e o olhar parado dirigido ao infinito. Bruno chamou uma enfermeira que passava na altura pelo local, que vendo a paciente, agarrou e empurrou a maca, em corrida, enquanto gritava o nome de um médico. Bruno ficou especado, não sabe se segundos, se minutos, até que alguém lhe perguntou porque é que estava ali, ao que respondeu, que queria saber o que se passava com a sua mulher. Ouviu a voz feminina que o interpelara, indicando-lhe um balcão de atendimento médico, que o doutor é que o podia informar.
Bruno chegou à entrada do balcão, tendo o médico que lá estava, a escrever qualquer coisa, levantado a cabeça para lhe perguntar o que desejava.
- Saber da minha mulher.
- O nome da Senhora?
- Adélia …
- Internei-a. Não seio se já subiu …
- Acabam de a levar, a correr, para aquele lado!...
- Foi para a reanimação!
E ele próprio seguiu o caminho por onde tinham levado a maca …
Bruno chegou à rua e telefonou logo para Carlos, que pediu ao Pai que esperasse por ele, pois iria sair de imediato com a mulher, Dália, que trabalha na mesma empresa.
Bruno ficou aguardando a chegada do filho e da nora, na sala de espera.
Quando chegaram Dália, foi falar com alguém e regressou dizendo que o Dr. Teodoro queria falar com todos, o que aconteceu pouco depois.
O Dr. Teodoro disse resumidamente, que que quando entrou no turno da manhã notou que a doente Adélia estava há muitas horas sem assistência e que o seu estado aparentava então ser grave, pelo que em face de exames que pediu e da sintomatologia da doente, procedeu ao seu internamento, ficando a aguardar vaga no piso respectivo, que a doente não tinha conseguido sobreviver, e que dadas as circunstâncias em que tinha ocorrido o falecimento, iria requerer autópsia judicial, só após a qual o corpo seria entregue à família para procederem ao respectivo funeral.
O relatório da autópsia, além de mencionar como causa da morte uma peritonite, com perfuração do intestino, declarava não haver suspeitas de qualquer acto criminoso que tivesse contribuído para a morte da doente.
Não satisfeito com o que parecia uma jogada de defesa, fazendo tábua rasa de uma série de deficiências desde o pedido feito, cuja satisfação foi recusada pelo INEM, à pulseira verde, atribuída na triagem, culminando no número de horas em que a doente permaneceu abandonada na urgência do Garcia de Horta, Bruno apresentou denúncia dos factos no Tribunal de Almada.
Em 29 de Outubro de 2012, foi depositada na caixa de correio do denunciante uma notificação do Tribunal de Almada, datada de dia 10 do mesmo mês, dando conhecimento do despacho de arquivamento do processo respectivo.
Segundo o despacho, «não foi possível inquirir Marina Klico, «cujo paradeiro é desconhecido.»; «O auto de transcrição das conversas de (…) e (…) com uma operadora da linha de atendimento do INEM e Marina Klico com operadores e um médico da mesma linha, confirma genericamente, a parte inicial da denúncia.»; «A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde em nada contribuiu para o desenvolvimento da presente investigação.»; é reconhecido, claramente, que a assistência prestada a Adélia «esbarrou em circunstâncias que não deviam ter ocorrido, no entanto, a imprevisibilidade ou, pelo menos, difícil previsibilidade, de algumas delas não deixaram margem para concluir no mínimo, pela não verificação de negligência na actuação dos intervenientes, verificando-se, sim, a existência de evidentes falhas administrativas relativamente a recursos humanos e materiais que conduzem a situações sem retorno, ficando sempre a dúvida. Como é o caso concreto, sobre se (…), poderia estar viva se a sua assistência tivesse sido mais rápida.
Mas não tendo a investigação superado aquela dúvida, não é possível extrapolar que os factos não teriam a mesma conclusão caso o atendimento de (…) tivesse sido mais célere, não sendo, desde logo, sequer possível imputar criminalmente a responsabilidade pelo tempo decorrido. Seja porque o INEM não tinha meios disponíveis de transporte de doentes, seja porque os sintomas de (…), aparentemente, não revelavam a gravidade real do seu estado, atrasando o seu atendimento perante outras situações, aparentemente mais graves.
Pelo exposto, determino o arquivamento dos autos, nos termos do art.º 277º, nº 2 do Cod. Processo Penal.».
Recebida a notificação, em chamada para os Anjos da Noite, Bruno confirmou que a Dr.ª Marina já não trabalha lá há muito tempo e desconhecem onde se encontra actualmente.


Em consulta digitando, no Google, “Marina Klico”, aparece, referenciada na Região do Algarve da ACSS, Marina Iourievna Atkina Klicó, colocada em Medicina Interna no Hospital Central de Faro.
Em contacto com o Hospital Central de Faro, Bruno pediu para ligarem à Dr.ª Marina Klicó, o que se tornou difícil, por a linha interna de “Medicina 1” apesar de chamar durante largos minutos não ter ninguém a atender as chamadas. Ocorreu-lhe ligar para o Gabinete de Comunicação. A senhora que atendeu tentou a ligação e também não conseguiu ser atendida. Sugeriu a Bruno que deixasse o contacto, que ela, ou um colega, entregaria à Dr.ª Marina, que telefonaria posteriormente.
Mais tarde, Bruno recebeu uma chamada. Era a Dr.ª Marina. Confirmou ser a mesma médica que estava ao serviço dos Anjos da Noite em Julho de 2009. Bruno perguntou-lhe se se recordava da domiciliária efectuada na noite de 16 de Julho.
Durante cerca de uma hora e meia ao telefone, não se lembrou. Disse que essa altura de 2009, foi de imenso trabalho com inúmeras visitas domiciliárias, varias a doentes em situação muito grave. Chegou a recordar um caso, da mesma altura, mas não correspondia ao de Adélia. Várias vezes lamentou não ter sido contactada pelo Ministério Público quando a memória poderia, ainda, estar fresca. O depoimento dela seria de nenhuma ou pouca valia.
Bruno percebeu que requerer a abertura da instrução seria gastar dinheiro, sem que fosse apurada qualquer responsabilidade.
 Não posso acabar exte texto sem deixar algumas perguntas:

Que raio de serviços são estes que o Estado nos oferece cada vez mais escassos e mais caros?
Se há meio século os Oficiais de Diligências – lembram-se dessa profissão? – andavam por campos e vales, a fazerem notificações, e faziam-nas!, não pode um oficial de Justiça, ou como se chamará agora o profissional equivalente, teclar um nome num computador e localizar pessoas, sem sair do seu gabinete?
A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, foi chamada a investigar alguma coisa, e se o foi fez alguma investigação, ou limitou-se a falar com colegas, numa atitude meramente corporativa?
Por que não se legisla no sentido considerar obstrução à Justiça – julgo que é crime! – a falta nítida de colaboração de um serviço público, relativamente a uma ordem ou pedido judicial de esclarecimento?
Se o auto de transcrição das chamadas prova a veracidade da parte inicial da denúncia, o despacho reconhece a existência de evidentes falhas administrativas relativamente a recursos humanos e materiais que conduzem a situações sem retorno, leia-se: fatais, por que não se encaminham estes processos para apurar as responsabilidades de quem sangrou, e continua a sangrar, o Estado dos meios necessários à prossecução dos fins para que foi constituído e que são a razão da sua existência?
Uma pergunta final, a propósito do paradeiro da Dr.ª Marina: alguém se terá lembrado de perguntar aos serviços do Senhor Gaspar?

Setúbal, 13 de Novembro de 2012

Paulo Eusébio










segunda-feira, 8 de outubro de 2012

BURROS DE CARGA E DOUTORES

   Muito se tem falado no peso do ensino no Orçamento do Estado e no bolso das famílias. Com razão, quase sempre no que respeita às famílias e com doses cada vez maiores de demagogia, pelos que, tendo a obrigação de dar cumprimento ao estabelecido na Constituição, sobre essa matéria, lançando mão dos mais variados argumentos, distorcem o que o Legislador Constituinte tinha em mente, tudo fazendo não só para fugir ao seu cumprimento, como para o contrariar.
     Alguém já pensou, por acaso, nas pessoas que mais directamente sentem o peso da educação, peso físico mesmo, dos livros que carregam para a escola diariamente? Só para ter uma ideia, pesei os livros que o meu neto, com 13 anos, aluno do 8.º ano, leva para a Escola só para as aulas de Português nos dias em tem essa disciplina. Não contei com o dossier comum às diversas disciplinas, mas pude verificar que para os 9,5 kg totais da mochila com o material escolar nela transportado hoje, os livros da disciplina de Português contribuíram com 3,1 kg.

      
    Transportando diariamente todo esse peso, frequentemente às costas, quando crianças, não é de estranhar a ocorrência de doenças por deformação do esqueleto, na idade adulta, desde muito cedo.
   Fazem das nossas crianças burros de carga, e, como um burro carregado de livros, não é necessariamente um doutor, há quem engendre outras formas de o ser, designadamente pela obtenção de créditos e equivalências, com dois ou três exames pelo meio, para disfarçar.
     E são doutores destes que chegam aos centros de decisão suprema de um país e uma vez instalados,
ao invés de procurarem soluções para aliviarem as crianças do peso excessivo que transportam, soluções que decerto requerem imaginação que, quando a têm, ocupam em descobrir meios de sacar tudo o que de valor os cidadãos possam ter, muitas vezes em proveito próprio ou dos seus amigos, são doutores destes, escrevia, que olham para as ajoujadas crianças e pensam, mas não têm coragem de dizer: Estão carregados porque são burros! Façam como eu fiz!...

Nota: Anda para aí um boato, segundo o qual está em vigor um acordo ortográfico que estabelece normas novas de escrita da Língua Portuguesa, feitos por ignorantes e posto em prática por incompetentes. Recuso entrar nessa brincadeira, porque entendo que a língua Portuguesa, não pode ser sujeita a tais agressões. 

Setúbal, 8 de Outubro de 2012

Paulo Eusébio

domingo, 16 de setembro de 2012

MEIO SÉCULO


 As duas imagens aqui apresentadas têm algo em comum:
   A da esquerda mostra-nos um dos atletas do Vitória Futebol Clube mais medalhados - Silvino José Eusébio, praticante de Tiro (ao alvo), modalidade que já não existe no Clube sadino há largos anos.
   À direita está a foto de Paulo Miguel Eusébio (Paulinho), praticante de Andebol, no escalão de iniciados.
   Mas há mais em comum nestas fotos: ambas foram obtidas em 16 de Setembro, mas com cinquenta anos de intervalo. A primeira, no dia da inauguração do Estádio do Bonfim e a segunda, hoje mesmo, dia da comemoração do cinquentenário do primeiro evento.
   Há uma ligação entre os fotografados - o segundo é bisneto do primeiro - e essa ligação une não só estes atletas e a sua família ao seu Clube, como aos muitos milhares que têm passado pelo vitória no decurso de mais de um século - como agentes desportivos, dirigentes, sócios ou, simplesmente, simpatizantes. São gerações ligadas ao Enorme, e, através deles à sua Cidade de nascimento ou de coração - Setúbal a cidade do Rio Azul.
   Entidades como o Vitória,  que contribuem para a formação das pessoas nos campos desportivo e cultural, retirando a juventude de ócios viciosos e dando a adultos a possibilidade de contribuírem com actividades que lhes ocupem as horas disponíveis e os façam sentir-se úteis, através do que dão de si ao seu semelhante, deviam ser mais acarinhadas ajudadas e incentivadas pelo Poder Público. 
  Não raro, estas Colectividades substituem o Estado no desempenho de tarefas, que este, como organização do Povo para possibilitar o acesso de meios adequados a satisfazer as suas  necessidades básicas, diria mesmo naturais, devia sentir-se na obrigação de desempenhar.
   Por outro lado, é bom lembrar, há muito mais para alem do futebol profissional, embora infelizmente, muitos nos queiram fazer crer que o desporto é (só) esse futebol que, curiosamente, ofusca as modalidades desportivas e está a torna-se, cada vez mais, a causa principal da falência dos clubes que o praticam, pondo em cheque a actividade de muitos milhares de desportistas.

Setúbal, 16 de Setembro de 2012

Paulo Eusébio

domingo, 26 de agosto de 2012

AUSTERIDADE?

   Recebi o e-mail que transcrevo na íntegra, sem comentários.
   Na pessoa do meu Amigo Ângelo Vidal Correia, agradeço o envio.


«Digam lá se não valeu a pena terem lá metido o SENHOR BARROSO





 QUANDO CHEGAR A ALTURA DE VOTAR, SEJAM LOGO DOS PRIMEIROS ..

.

Foi aprovada reforma aos 50 anos, com 9.000 euros por mês para os
funcionários da UE

QUE MUNDO HIPÓCRITA !!!

 Escândalo na UE - ATENÇÃO: LER E DIVULGAR Noruegueses, Finlandeses,
Suecos, Franceses....Portugueses!, todos a denunciar e a  exigir
HONESTIDA.



Já reparou? Os políticos europeus estão a lutar como loucos para
entrar na administração da UE! E por quê? Leia  o que segue, pense
bem, converse com os amigos e ENVIE isto para os europeus que conheça!

Simplesmente, escandaloso!...

>  Foi aprovada a aposentadoria aos 50 anos com 9.000 euros por mês para os funcionários da EU!!!.

 Este ano,340 agentes partem para a reforma antecipada aos 50 anos com
uma pensão
de 9.000 euros por mês.

>  Sim, leu correctamente! Para facilitar a integração de novos funcionários dos novos Estados-Membros UE (Polónia, Malta, países da Europa Oriental ...), os funcionáriosdos países membros antigos (Bélgica, França, Alemanha ..) receberão da Europa uma prenda de ouro para se aposentar.

>  Porquê e quem paga isto? Você e eu estamos a trabalhar ou trabalhámos para uma pensão de miséria enquanto que aqueles que votam as leis se atribuem presentes de ouro.


A diferença tornou-se muito grande entre o povo e os "Deuses do Olimpo!"

>  Devemos reagir por todos os meios começando por divulgar  esta mensagem para todos os europeus.

É uma verdadeira Máfia a destes Altos Funcionários da União Europeia.
.... Os tecnocratas europeus usufruem de verdadeiras reformas de
nababos ... Mesmo os deputados nacionais que, no entanto, beneficiam
do "Rolls" dosregimes especiais, não recebem um terço daquilo que eles
embolsam.

>  Vejamos! Giovanni Buttarelli, que ocupa o cargo de Supervisor Adjunto da Protecção de Dados,
adquire depois de apenas 1 ano e 11 meses de serviço (em Novembro
2010), uma reforma de 1 515 ? / mês.

O equivalente daquilo que recebe em média, um assalariado francês do
sector privado após uma carreira completa (40 anos)..  O seu colega,
Peter Hustinx acaba de ver o seu contrato de cinco anos renovado.

Após 10 anos, ele terá direito a cerca de ? 9 000 de pensão por mês. É
simples, ninguém lhes pede contas e eles decidiram aproveitar ao
máximo. É como se para a sua reforma,
lhes fosse passado um cheque em branco.

>  Além disso, muitos outros tecnocratas gozam desse privilégio:



 1. Roger Grass, Secretário do Tribunal Europeu de Justiça, receberá ?
12 500 por mês de pensão.

 2. Pernilla Lindh, o juiz do Tribunal de Primeira Instância, ? 12 900 por mês.



 3. Damaso Ruiz-Jarab Colomer, advogado-geral, 14 000 ? / mês.

>  Consulte a lista em: http://www.kdo-mailing.com/redirect.asp?
> numlien=1276&numnews=1356&numabonneXSSCleanedXSSCleanedXSSCleaned=62286

>  Para eles, é o jackpot. No cargo desde meados dos anos 1990, têm a certeza de validar uma carreira completa e, portanto, de obter o máximo: 70% do último salário.

 É difícil de acreditar ... Não só as suas pensões atingem os limites,
mas basta-lhes apenas 15 anos e meio para validar uma carreira
completa, enquanto para você, como para mim, é preciso matar-se com
trabalho durante 40 anos, e em breve 41 anos.

>  Confrontados com o colapso dos nossos sistemas de pensões, os tecnocratas de Bruxelas recomendam o alongamento das carreiras: 37,5 anos, 40 anos, 41 anos (em 2012),
42 anos  (em 2020), etc.

Mas para eles, não há problema, a taxa plena é 15,5 anos... De quem
estamos falando?

> Originalmente, estas reformas de nababos eram reservadas para os membros da Comissão Europeia e, ao longo dos anos, têm também sido concedida a outros funcionários.
Agora eles já são um exército inteiro a beneficiar delas:: juízes,
magistrados, secretários, supervisores,mediadores, etc.

>  Mas o pior ainda, neste caso, é que eles nem sequer descontam para a sua grande reforma.

Nem um cêntimo de euro, tudo é à custa do contribuinte ...
Nós,contribuímos toda a nossa vida e, ao menor atraso no pagamento, é
a sanção: avisos, multas, etc. Sem a mínima piedade.

 Eles, isentaram-se totalmente disso. Parece que se está a delirar!

>  Esteja ciente, que até mesmo os juízes do Tribunal de Contas Europeu que, portanto, é suposto « verificarem se as despesas da UE são legais, feitas pelo menor custo e para o fim a que são destinadas », beneficiam do sistema e não pagam as quotas.



 E que dizer de todos os tecnocratas que não perdem nenhuma
oportunidade de armarem em «gendarmes de Bruxelas» e continuam a dar
lições de ortodoxia fiscal, quando têm ambas as mãos, até os
cotovelos, no pote da compota?

>  Numa altura em que o futuro das nossas pensões está seriamente comprometido pela violência da crise económica e da brutalidade do choque demográfico, os funcionários europeusbeneficiam, à nossa custa, da pensão de 12 500 a 14 000 ? / mês após somente 15 anos de
carreira, mesmo sem pagarem quotizações... É uma pura provocação!

>  O objectivo é alertar todos os cidadãos dos Estados-Membros da União Europeia.

 Juntos, podemos criar uma verdadeira onda de pressão.

 Não há dúvida de que os tecnocratas europeus continuam a gozar à
nossa custa e com total impunidade, essas pensões.



 Nós temos que levá-los a colocar os pés na terra.

>  «Sauvegarde Retraites» realizou um estudo rigoroso e muito documentado que prova por  "A + B" a dimensão do escândalo.

 Já foi aproveitado pelos media.
http://www.lepoint.fr/actualites-economie/2009-05-19/revelations-les-retraites-en-or-des-hauts-
> fonctionnaires-europeens/916/0/344867

>  Divulgue! DIVULGUE! DIVULGUE! Quantos mais souberem deste descaramento melhor!!!..»

         Depois disto, que mais dizer? Fica à vossa consideração

    Setúbal, 27 de Agosto de 2012

   Paulo Eusébio

sábado, 21 de julho de 2012

O INFERNO PORTUGUÊS

   Todos os anos o Verão é aproveitado por criminosos que tornam o País num inferno vivo.
      Todos os anos se repete o reconhecimento dos erros que potenciam e agravam esta situação, como a obrigação da tomada de medidas de prevenção, que o próprio Governo, incumpridor costumeiro, não tem força para impor aos outros detentores da propriedade de matas e florestas.
     A RTP fazia um ponto da situação na sua página que copiei na integra e apresento abaixo:








Mais de mil bombeiros enfrentam incêndio na Serra do Caldeirão


Mais de mil bombeiros enfrentam incêndio na Serra do Caldeirão
legenda da imagem
Melanie Maps, Lusa

As chamas que lavram na região da Serra do Caldeirão acercaram-se nas últimas horas de São Brás de Alportel. O combate a este incêndio, que teve origem em Cachopo, no concelho de Tavira, mobiliza agora 1043 operacionais, entre bombeiros e militares. Foram entretanto acionados oito meios aéreos, já depois de a Proteção Civil ter solicitado à GNR “a evacuação de todas as casas” entre as povoações de Cova da Muda e Javali. São 22 os concelhos de Portugal Continental que estão este sábado em “risco máximo” de incêndios.

Duas frentes continuam a dar luta aos bombeiros no Algarve. Ao início da manhã, o incêndio na Serra do Caldeirão, entre os concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, era combatido por 1043 operacionais, entre os quais mais de 700 bombeiros e três dezenas de elementos do grupo de intervenção da Guarda Nacional Republicana. A apoiá-los havia ainda 260 veículos e um helicóptero de combate inicial.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil acabaria por destacar, cerca das 7h00, oito meios aéreos para o Algarve – quatro helicópteros e dois aviões bombardeiros pesados e dois aviões bombardeiros médios anfíbios.

Ao início da manhã as chamas ainda lavravam às portas de São Brás de Alportel. Fonte dos Bombeiros de Lagoa confirmou à agência Lusa que pelo menos seis operacionais sofreram ferimentos ligeiros e cinco habitações foram consumidas pelo incêndio, uma no concelho de São Brás de Alportel e as outras quatro no concelho de Tavira. A que acresce a perda de uma viatura dos bombeiros, que ardeu. Durante a madrugada, a GNR procedeu à evacuação de várias povoações ameaçadas pelo fogo, segundo indicou à Antena 1 o segundo comandante da Proteção Civil de Faro.

“O incêndio afetou aqui a zona norte do concelho. Como medida de precaução, nós solicitámos à GNR a evacuação de todas as casas e povoações no eixo de Cova da Muda até Javali e também interditámos a estrada que liga estas duas povoações. Muitas das pessoas foram realojadas em casas de familiares e outras ficaram na Santa Casa da Misericórdia, isto numa ação concertada com a GNR e com o Serviço Municipal de Proteção Civil aqui de São Brás”, detalhou o segundo comandante Rui Graça.

“Seguiram entretanto três pessoas para o hospital. São pessoas idosas que necessitavam de medicação. E a verificar-se, isto confirmado pelo INEM, um ferido civil com queimaduras nas mãos que recusou sistematicamente assistência do INEM no local. Foi lá por meios próprios”, adiantou o mesmo responsável.
“Proteger as casas”
O incêndio que está a lavrar no concelho de São Brás de Alportel começou na zona de Cachopo, Tavira. Foi ao início da tarde de quarta-feira que as chamas deflagraram perto de Catraia, neste último concelho. O fogo tem sido alimentado pelo vento, que está a inundar São Brás de Alportel de fumo e cinza. E terá sido uma mudança de direção do vento a empurrar o incêndio para uma zona que até há poucas horas permanecia a salvo, aproximando-o da cidade.

A partir da localidade da Cova da Muda, o repórter da Antena 1 Mário Antunes retratava esta manhã aquela que era encarada pelos bombeiros como “a situação mais preocupante”: “Há um aglomerado com algumas dezenas de habitações que, neste momento, está vazio. Só os bombeiros. A Cova da Muda foi evacuada, tal como muitas outras localidades aqui nesta zona do Barrocal e serra de São Brás de Alportel. É aqui que se concentra agora o esforço dos bombeiros”.

“É uma zona de pinhal, de sobreiros também, e com muitas casas. É isso que os bombeiros tentam proteger agora aqui na zona da Cova da Muda. É um esforço sobretudo para proteger as casas que estão nesta localidade, não muito longe de São Brás de Alportel, a escassos cinco, seis quilómetros”, descreveu o jornalista da rádio pública, que, às 8h00, ainda não tinha avistado quaisquer meios aéreos no local.

O Instituto de Meteorologia atribuía este sábado a classificação de “risco máximo” de incêndio – a mais grave de uma escala de cinco, que varia entre “reduzido” e “máximo” - a 22 concelhos de Portugal Continental. O maior número destes concelhos pertencia ao distrito da Guarda, com sete, seguido de Coimbra, com quatro, Castelo Branco, Leiria e Viseu, todos com três, Santarém, com dois concelhos em “risco máximo”, e Faro, com apenas um.

Encontravam-se em “risco muito elevado” de incêndio 83 concelhos de Portugal Continental.

     Entretanto o ministro sr. Miguel, não é esse!, é outro!, Miguel Macedo acha que os meios são suficientes e adequados, conforme notícia breve da TSF ontem publicada:

Tavira: Área total ardida equivale a um terço do concelho Artigo apenas com texto 
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, visitou hoje de madrugada o posto de comando móvel situado em Cachopo e ouviu dos comandantes operacionais que não são necessários mais meios, além dos mais de 700 homens, com cerca de duas centenas de veículos, que se encontram no local e uma dezena de meios aéreos, que regressarão ao combate ao fogo pela manhã.
VIDA 20-07-2012
Tag:  Vida


   O sr. Miguel acreditou, pelos vistos, na suficiência dos meios afirmada pelos comandantes operacionais, segundo esta notícia, mas esqueceu várias coisas, acabado de sair do ar condicionado dos seus aposentos, para ir, pela fresquinha, ver o fogo: as horas de trabalho contínuo que aqueles Homens e outros, noutros locais, estavam a prestar para além do máximo que lhes seria exigível; o material sobre-esforçado e em muitos casos velho e obsoleto de que os Bombeiros dispõem; a missão dos bombeiros, que não se limitam a apagar fogos, mas acorrem a toda a espécie de situações, muitas de que dependem vidas humanas segurança de pessoas e bens, esquecimento comprovado pela actuação da polícia às ordens do sr. Miguel, mandando parar e autuando condutores de veículos de transporte de doentes por não irem acompanhados dos maqueiros que estavam ocupados a pagar fogos.  
   Não há dinheiro para mais meios, reconheço. Mas o sr. Miguel fará o favor de me dizer porque não falta dinheiro para aquisição de viaturas topo-de-gama para substituir aquelas, praticamente novas e em óptimo estado, em que o sr., o seu chefe, o chefe do seu chefe e os seus colegas e quejandos, se deslocam a velocidades que levariam à prisão cada um dos que suportamos os vossos luxos, sem referir as mordomias e suplementos dos vossos salários, próprios de um país rico e não da miséria em que nos estão a mergulhar?
    Sr. Miguel, são criminosas as mão que ateiam os fogos neste País, mas são igualmente criminosos todos os que, por omissões ou decisões inadequadas, contribuem para o inferno em que Portugal está mais uma vez, mergulhado.
     Para os criminosos sr, Miguel só deve haver um destino: a prisão. Depois de feita a triagem nos tribunais para comprovar e provar a autoria dos seus crimes. Se isso vier a acontecer só receio mais uma dificuldade: a falta de espaço para alojar tanta gente.


Setúbal, 21 de Julho de 2012.


Paulo Eusébio